quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Comissão da Câmara aprova Projeto de Lei que permite desligamento de alunos inadimplentes
A atual lei que trata do assunto (9.870/99) prevê o desligamento dos estudantes inadimplentes no fim do ano, com exceção das instituições que adotam regime semestral. Agora, com a nova proposta, o cancelamento das matrículas poderá ser feito sempre no final de um período letivo de seis meses em escolas de educação básica e universidades, independentemente do regime didático da instituição. Segundo o autor do Projeto de Lei 1.042/07, deputado Átila Lira (PSB-PI), a mudança vai oferecer “uma garantia ou liberdade adicional” para as instituições de ensino tomarem providências contra os inadimplentes.
Para o presidente da Abmes, Gabriel Mário Rodrigues, que representa as faculdades particulares de todo o Brasil, o projeto de lei deve ajudar a reduzir injustiças dentro dos estabelecimentos. “Se todos pagassem as mensalidades em dia, com certeza o valor de cada parcela seria menor. Os estudantes podem ficar tranquilos, pois nenhuma escola quer perder o aluno. Com o interesse de mantê-lo matriculado, as faculdades aceitam vários tipos de negociações e acordos”, garante Gabriel.
O Projeto de Lei será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, em seguida, irá para o Senado.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Corrupção e luta de poder agora se fazem presente no Senado Federal
Não é de hoje que a cena política nacional, através de seus membros superiores, apresenta traços de corrupção. A memória política recente do país remete a escândalos como "Operação Anaconda", que em 2003 revelou esquema de venda de setenças na esfera do Judiciário. Em 2004, o Ministério da Casa Civil e o Partido dos Trabalhadores estiveram envolvidos no "Escândalo dos Bingos". Quem não se lembra ainda do "Caso Mensalão" que revelou o pagamento de mensalidades aos deputados para aprovação de projetos de interesse do Executivo ?
O episódio que hoje se assiste no âmbito do Senado Federal não diverge em nada desses e de outros contextos de corrupção que promoveram descrença na sociedade. Agora, a bola da vez é o Senado Federal com escândalos envolvendo uso de Passagens Aéreas, os "Atos Secretos", o favorecimento de parentes diretos e pagamento de horas extras a funcionários no mês em que a Casa estava em recesso. O presidente da instituição, José Sarney, por sua vez, tem sido acusado por tráfico de influência, ocultação de informações à Justiça Eleitoral e responsabilidade pelos atos secretos.
A bola de neve da crise do Senado torna-se cada vez maior. Ao passo em que isso acontece, os senadores pautam-se em discussões desnecessárias, garantindo e fortalecendo o ciclo de impunidade que existe no Brasil.
A funcionária pública Elizabeth Gonçalves aposta que os debates ocorridos entre senadores não resolverão os problemas e que, no final, tudo terminará "em pizza". "Essa briga na TV mostra a decadência do Senado que, em nossas costas, riem da situação", desabafa.
A estudante Luana Rosa concorda com Elizabeth. Ela diz que os membros do Senado não se importam com a situação da sociedade, mas apenas com os interesses próprios.
Saiba mais: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/06/16/materia.2009-06-16.0118240064/view
http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2009/07/o-senado-e-as-causas-da-crise.html
quarta-feira, 10 de junho de 2009
São Bernardo abre Quarta Mostra de Cinema Comentado da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte no período noturno
A exibição de “São Bernardo” (1971), dirigido por Leon Hirszman, baseado no roteiro de Graciliano Ramos, deu início à Quarta Mostra de Cinema comentado da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte. O jornalista e crítico de cinema Marcelo Miranda abordou as principais temáticas envolvidas no filme com alunos e professores.
A construção moral do ser humano apresentada no enredo da obra representou um dos pilares que nortearam a discussão. O cineasta analisou os traços psicológicos da personagem central, Paulo Honório, vivido pelo ator Othon Bastos e fez uma comparação com o valores capitalistas presentes na sociedade atual. De acordo com Miranda, assim como Paulo Honório, que prosperou financeiramente depois de humilhar outras pessoas, muitos ainda buscam a conquista de bens materiais e esquecem o lado humano da vida.
A representação da figura feminina também ganhou destaque nas falas do crítico. Para ele, Madalena, encenada por Isabel Ribeiro, encarna o estereótipo da mulher submissa apenas nos primeiros dias da união matrimonial com Paulo Honorário. “Madalena, aos poucos, vai se revelando forte e começa a apresentar atitudes esquerdistas. Tudo isso aflorou ainda mais a ira e os ciúmes do seu marido: fatores que a levaram ao suicídio”, diz.
Marcelo Miranda argumenta que “São Bernardo” foi produzido sem muitos recursos e que, por isso, o áudio ficou prejudicado em alguns trechos. No entanto, ele ressalta que a utilização de câmara parada atribuiu importância às imagens. O aluno do 8° período de jornalismo Thiago Lopes considera que essa técnica realça o enredo do filme. “Diferentemente do que ocorre em outros filmes, as imagens são melhor exploradas em “São Bernardo”. Dessa forma, o ambiente natural e a movimentação dos atores no cenário podem ser analisados mais atentamente”, diz.
A também estudante de jornalismo do 3° período Bárbara Flores comenta que os organizadores acertaram na escolha do filme. Segundo ela, a exibição de obras cinematográficas nacionais no ambiente acadêmico estimula o interesse dos alunos em relação à produção cultural brasileira.
Marcelo Miranda comenta trechos do filme:
domingo, 7 de junho de 2009
Marcelo La Carreta comenta o filme “Cinema Paradiso” que será exibido na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte
Metalinguagem para falar da sétima arte e da vida. O filme “Cinema Paradiso” (1988), do diretor italiano Giuseppe Tornatore, remete ao próprio cinema e desnuda as relações humanas. Baseando-se nisso, o cineasta Marcelo La Carreta analisará alguns dos processos de construção da obra cinematográfica, como roteiro, trilha sonora e edição, no último dia Quarta Mostra de Cinema Comentado da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte.
Cinema Paradiso conta a história de Salvatore, garoto pobre órfão de pai e que vive somente com a mãe e com a irmã. Totó, como é chamado, nas suas idas ao cinema conhece seu melhor amigo, o projecionista Alfredo. Desse vínculo, nasce a vontade de Totó trabalhar no cinema e ajudar o amigo. Após um caso de amor frustrado com uma moça, Salvatore vai para Roma e lá se torna um cineasta bem-sucedido. Ele retorna trinta anos depois quando fica sabendo da morte de Alfredo. A notícia traz lembranças da sua infância no Cinema Paradiso, para onde fugia e aprendeu a amar o cinema.
La Carreta diz que os recursos complexos incorporados pelos filmes não são encontrados na obra de Giuseppe Tornatore. Segundo ele, o enredo é simples, mas envolvente e carregado de emoções que fazem rir e chorar. Ainda de acordo com ele, a trilha sonora é fantástica e fácil de ser lembrada.
O cineasta conta que a escolha de Cinema Paradiso pelos organizadores do evento foge da proposta das mostras anteriores que usou os filmes para ilustrar fatos sociais. “Cinema Paradiso fala do próprio fazer cinema e abre espaço para análise do seu próprio enredo e técnicas envolvidas durante a elaboração”, explica.
A Quarta Mostra de Cinema Comentado acontecerá nos dias 8, 9 e 10 de junho no auditório JK, Campus Prado, nos turnos manhã e noite. Marcelo La Carreta comentará o filme “Cinema Paradiso” no dia 10 a partir das 8:00hs.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Gothic Metal: lirismo e muito rock and roll
quinta-feira, 21 de maio de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
A febre chamada Orkut
Compartilhamento de idéias entre pessoas que possuem valores e interesses em comum, conquistas amorosas e de novas amizades e muito entretenimento. Isso tudo é possível no âmbito do universo conhecido como orkut.
Desde a sua criação em 24 de janeiro de 2004, essa rede social passou por algumas modificações que permitem, por exemplo, realizar mudanças na aparência da página. Ferramentas que bloqueiam fotos, recados e depoimentos foram criadas com o passar do tempo para permitir a segurança e a privacidade dos usuários. Outros dispositivos também surgiram para mostrar as alterações nos perfis dos amigos virtuais e para permitir a inserção de comentários nos arquivos que foram postados. Além do mais, uma versão mais leve também foi disponibilizada para facilitar a visualização das imagens e dos vídeos postados.
O invento do Orkut Buyukkokten, engenheiro turco da empresa Google, é uma febre no Brasil. No país, o orkut é a rede social com maior participação de pessoas e o site mais visitado. Mais de 68 milhões de usuários utilizam esse serviço em terras tupiniquins. Os jovens que tem de 18 a 25 anos têm maior interesse pelo orkut. Discussões sobre temas atuais e o agrupamento de pessoas que apreciam assuntos que dizem respeito às esferas políticas, sociais, esportivas culturais são realizados nas chamadas “comunidades”. Esse dispositivo possibilita a rápida divulgação de informações e delinea o perfil e os gostos dos usuários.
Existe, atualmente, uma vasta gama de entretenimento e de interação na interface do orkut. Já é possível, por exemplo, conversar e trocar arquivos com os amigos através do Gtalk , expor as músicas preferidas e as informações sobre o time do coração, além de criar boneco com as características do usuário.
Não só de coisas boas vive o orkut. Alguns usuários utilizam o serviço para ferir a moral de outros, para promover seqüestros e atos de pedofilia. Por causa disso e por falta de novos atrativos, várias pessoas já abandonaram a rede social e migraram para outras, como Myspace, Facebook e Twitter.
Entre as inúmeras opiniões acerca da finalidade do orkut, surge, enfim, o seguinte questionamento: Qual será o futuro do orkut?
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Trabalho noturno prejudica saúde e vida social de Washington Lopes
No entanto, Washington Lopes diz que tudo não passou de “mera ilusão”. Ele conta que o cansaço apareceu rapidamente e prejudicou o entretenimento e os seus vínculos sociais. “Eu dormia o dia inteiro e raramente saia aos sábados e domingos. Isso contribuiu para o afastamento de amigos e familiares, ou seja, vivia exclusivamente para o trabalho”, diz. O estresse também constituiu outro fator que o atingiu com o passar do tempo. Segundo ele, pequenas discussões geradas no trabalho e em casa eram suficientes para deixá-lo irritado.
O ex-auxiliar de produção conta ainda que problemas de ordem física causados pelo sedentarismo e pelo estresse quase o mataram. Sensação de tonteiras, pressão na região da cabeça e princípio de infarto fizeram com que ele começasse a se submeter a exames médicos e à utilização diária de calmantes. De acordo com Washington Lopes, seus chefes perceberam com o tempo o risco de mantê-lo na empresa e resolveram dispensá-lo. O seu desligamento ocorreu em novembro de 2008.
Ele diz que ainda é dependente dos remédios, mas que, gradualmente, está eliminando o sedentarismo através de mudanças nos hábitos alimentares e de atividades física.
Washington desaconselha pessoas ansiosas e predispostas a doenças cardiovasculares a trabalharem durante a madrugada e demonstra arrependimento por ter escolhido esse horário. “Nenhum dinheiro do mundo me faz repetir essa experiência desagradável”, conclui aliviado.
Saiba mais sobre os danos provocados pelo trabalho noturno aqui.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Tailze Melo comenta a reforma ortográfica em palestra realizada na Faculdade Estácio de Sá
Os novos rumos da escrita em língua portuguesa foram tratados durante palestra ministrada pela professora Tailze Melo no auditório da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte. No começo, a mestre em literaturas de língua portuguesa comentou o objetivo da reforma ortográfica e as dificuldades geradas após seu anúncio e implantação ocorridos no ano passado. Ela aposta que a polêmica e as dúvidas atuais são de caráter provisório. “A nova maneira de escrever é simples e, por isso, podem ser aprendidas com facilidade”, afirmou.
A primeira mudança apontada pela professora diz respeito à incorporação dos caracteres “K”, “W”, “Y” no alfabeto, que passa a ter 26 letras. A extinção do trema, a retirada dos acentos em algumas palavras, a utilização de novas grafias e alterações no uso do hífen também foram mencionadas através de exemplificações. A professora considera essa última como sendo a mais complexa porque envolve regras que precisam ser memorizadas.
A mestre lembrou que Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os países que participam do acordo. Segundo ela, o Brasil é o que está mais adiantado porque apresenta um cronograma mais esclarecedor.
Tailze deseja que a disseminação das regras ocorra desde já nas salas de aula. “É importante que os professores insiram as mudanças ortográficas nos conteúdos transmitidos e que os alunos, por sua vez, pratiquem os novos conhecimentos adquiridos”, comenta.
Ela frisou ainda que até o dia 31 de dezembro de 2012 as duas formas de escrita serão consideradas corretas.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Cleberton Miranda reúne literatura e jornalismo em monografia
Jornalismo, literatura e história. A união dessas áreas do conhecimento é o pilar que constitui o trabalho de conclusão de curso do estudante de Comunicação Social Cleberton Miranda.
O interesse do universitário pela análise das diversas linguagens utilizadas pelos seres humanos aliado à admiração pelas três temáticas contribuíram para a delimitação do gênero jornalismo literário como assunto da monografia e “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, como objeto de estudo.
De acordo com o estudante, a narrativa jornalística de um fato histórico existente na obra figura como uma das melhores da literatura nacional. “Os Sertões é um dos livros mais bonitos já produzidos em nosso país porque relata um acontecimento histórico, a saga de Canudos, e por ter sido escrito por um jornalista”, conta.
Cleberton acredita que a narrativa objetiva só foi possível porque existiu a visão de um jornalista e que esta maneira de contar os fatos valoriza e perpetua o contexto relatado. Para ele, isso representa um fator capaz de gerar o interesse das pessoas em relação à sua monografia.
O estudante de jornalismo diz que tirava notas baixas em língua portuguesa nos tempos do colégio e que o trabalho de conclusão de curso representa um desafio. “Agora, eu posso mostrar a todos que aquele aluno deficiente em português pode brilhar”, comentou.
Atualmente, Cleberton produz alguns desenhos para uma revista em quadrinhos de Belo Horizonte. Ele conta que pretende atuar na área do jornalismo cultural e acredita que o tema da monografia pode contribuir para isso, assim como para a realização de um mestrado em Letras.
Leia mais:
Élida linka suas paixões em monografia
segunda-feira, 2 de março de 2009
Erros do jornalismo brasileiro
Um dos assuntos que está em voga ultimamente na imprensa é o “Caso Paula Oliveira”. Esse episódio da brasileira que alega ter sido agredida por neonazistas na Suíça abre margens para a conclusão de que faltou, mais uma vez, investigação jornalística e uma análise crítica do fato por uma parte considerável dos meios de comunicação nacional.
Antes mesmo de apurar os fatos e de extrair informações técnicas de autoridades, certezas e acusações já estavam sendo veiculadas em todo o país. Á princípio, a pedra da condenação foi atirada contra o xenofobismo que há muito assola estrangeiros. Dessa forma, circulou na mídia a notícia de que Paula Oliveira “teria” sido agredida e “teria” perdido os bebês que “estaria” esperando. O desfecho mostrou, no entanto, que nada disso ocorreu, mas a atribuição de culpas ainda permaneceu. Agora, culpa-se o pai da brasileira pela exposição dos acontecimentos e até mesmo pela possível insanidade da jovem.
Como podemos perceber, os erros envolvidos no caso em questão não são inéditos por aqui. Nos anos 90, o país assistiu perplexo o desfecho do “Caso Escola Base”, em que alguns funcionários da instituição, localizada em São Paulo, foram apontados como os responsáveis pelos supostos abusos sexuais contra crianças. No final, comprovou-se a inocência dos que estavam na berlinda das acusações.
Desfechos como esses reforçam a idéia de que nossa imprensa tupiniquim vive passando da conta e expondo, em demasia, erros que criam alardes. Agora, resta um questionamento: até quando isso vai durar?